segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Teu Mal-estar



No meu silêncio...
(...) No meu esconderijo...
Você não percebe, mas eu sinto a sua corrosão...
Eu noto o ácido que desce por sua garganta.
O nausear que te consome
Contagia a mim também.


Quem dera eu pudesse mudar os fatos.
Pudesse eu lavar aqueles atos,
Que até hoje repercutem,
Te maltratando, te destruindo,
E envenenam o tímido broto de esperança
Que você inconscientemente mantém vivo.


(Geneva H. M. Santos)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mero Detalhe



Céu de Sol poente,
Me descongestiona o incômodo diário.
Tela sem defeito,
Exposta corriqueiramente.
Silenciosamente, sendo revelada...
Visão que, quando as nuvens querem,
Permitem o extasiar daqueles que se dispõem.


(Geneva H. M. Santos)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Pessoas...


Um dos meus maiores receios e uma das minhas maiores fascinações são o fato de que cada corpo que anda é um conjunto de mistérios que se desloca. Com isto, por mais que se tente contrariar, cada contexto é imprescindível.

(Geneva H. M. Santos)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Pegue o Leme


Cansei. Não acredito mais em promessas, principalmente as minhas, a menos que eu perceba as mudanças, ou melhor, braços e pernas labutando. Enquanto isto, o que domina, domina!


(Geneva H. M. Santos)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mais Que Um Mero Poema


Parece estranho. Sinto o mundo girando ao contrário.
Foi o amor que fugiu da sua casa e tudo se perdeu no tempo.
É triste e real.
Eu vejo gente se enfrentando por um prato de comida.
Água é saliva.
Êxtase é alívio, traz o fim dos dias.
E enquanto muitos dormem, outros se contorcem. É o frio que segue o rumo e com ele a sua sorte.
Você não viu? Quantas vezes já te alertaram que a Terra vai sair de cartaz e com ela todos que atuaram?
E nada muda, é sempre tão igual.
A vida segue a sina.
Mães enterram filhos, filhos perdem amigos, amigos matam primos, jogam os corpos nas margens dos rios contaminados por gigantes barcos...
Aquilo no retrato é sangue ou óleo negro?

É pão e circo. Veja a cada dose destilada, um acidente que alcooliza o ambiente. Estraga qualquer face limpa.
De balada em balada vale tudo e as meninas das barrigas tiram os filhos, calam seus meninos; selam seus destinos...
São apenas mais duas histórias destruídas.
Há tantas cores vivas caçando outras peles; movimentando a grife.
A moda agora é o humilhado engraxando seu sapato... Em qualquer caso: é apenas mais um chato!
Aqui jaz um coração que bateu na sua porta às 7 da manhã,
Querendo sua atenção, pedindo a esmola de um simples amanhã...
Faça uma criança. Plante uma semente. Escreva um livro e que ele ensine algo de bom.
A vida é mais que um mero poema... Ela é real!
E ainda que a velha mania de sair pela tangente saia pela culatra; o que se faz aqui, ainda se paga aqui.
Deus deu mais que ar, coração e lar,
Deu livre arbítrio
E o que você faz?
O que você faz?

Aqui jaz um coração.
( Guilherme de Sá )